As pranchas de cortiça eram um projeto antigo de Octávio Lourenço que aproveitou o estágio de uma turma de desporto do concelho na oficina da Ferox para dar corpo à sua ideia.
“É um projeto que já tinha há muitos anos, mas nunca tinha tido disponibilidade para estar a colar rolha a rolha porque é um processo muito demorado”, disse o 'shaper' de pranchas de surf à agência Lusa, acrescentando que as rolhas recicladas foram recolhidas e coladas na prancha pelos alunos.
Estas pranchas não são o produto principal da empresa, por serem pouco funcionais no mar, mas já houve encomendas com vista à sua utilização na decoração de espaços.
Ferox recebe encomendas de vários países
Segundo o 'shaper', na Ferox cada prancha é feita à medida do cliente, desde o peso à dimensão até as características relacionadas com a performance e à própria assinatura do proprietário.
A empresa ficou instalada num concelho algarvio sem ligação direta ao mar, terra natal do seu criador. Apesar disso, os pedidos para as pranchas com assinatura da Ferox têm estado a chegar à Ferox de toda a parte. Alguns surfistas estrangeiros encomendam as pranchas com antecedência para as terem prontas quando chegam de férias à região, explica.
A carteira de clientes é ampla, abrangendo tanto aqueles que se estão a iniciar na modalidade, como os que já têm um nível mais avançado e também os que já se retiraram das competições mas querem continuar a surfar.
Octávio Martins também aproveitou a Feira de São Brás de Alportel para lançar pranchas de surf feitas em madeiras de pita agave, um cacto do México mas que também se encontra no Algarve.