Um docente da Universidade do Minho vai comparar biodiesel e gasóleo em diferentes prestações e condições por meio de uma viagem interoceânica entre o Brasil e o Peru. A expedição tem como objetivo testar a eficácia do uso do biodiesel automóvel.
Um docente da Universidade do Minho vai comparar biodiesel e gasóleo em diferentes prestações e condições por meio de uma viagem interoceânica entre o Brasil e o Peru. A aventura de Jorge Martins começa esta quinta-feira e tem o objetivo de testar a eficácia da utilização do biodiesel automóvel.
Em comunicado, a Universidade do Minho explica que a expedição envolve duas carrinhas pick-up, uma abastecida com biodiesel puro (B100) e a segunda com gasóleo. Os dois veículos vão percorrer 13.000 quilómetros entre os oceanos Atlântico e Pacífico, numa viagem de ida e volta entre as cidades de Salvador da Bahia e Ilo.
O B100 é 100% natural e foi produzido com óleo vegetal vindo de hospitais, restaurantes e vendedoras de acarajé – uma especialidade gastronómica da região brasileira – na Instalação Piloto de Produção de Biodiesel da Universidade Federal da Bahia (UFBA), onde o professor do departamento de engenharia mecânica da instituição portuguesa se encontra atualmente a fazer uma investigação sobre o uso deste combustível.
Durante a jornada, que deverá demorar 20 dias, com médias diárias de 700 quilómetros no Brasil e de 250 quilómetros no Peru (devido às estradas e à montanha), vão ser realizados inúmeros testes de emissões poluentes e será avaliada a prestação dos veículos para poder comparar o comportamento do biodiesel relativamente ao gasóleo.
Segundo a Universidade do Minho, o propósito da travessia é “chamar a atenção para o potencial de expansão dos biocombustíveis na matriz energética brasileira através do incentivo a pesquisas neste âmbito, contribuindo para o desenvolvimento de técnicas e tecnologias sustentáveis, eficientes e inovadoras”.
A I Travessia Interoceânica B100 Brasil-Peru é coordenada pela Escola Politécnica da UFBA, por meio do Centro Interdisciplinar de Energia e Ambiente (Cienam) e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia – Energia e Ambiente. A iniciativa conta com o apoio da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Bioenergia.
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