A língua portuguesa foi considerada um dos dez idiomas estrangeiros mais importantes para os próximos vinte anos no Reino Unido. Quem o diz é um estudo do instituto British Council divulgado esta quinta-feira pelo Instituto Camões.
A língua portuguesa foi considerada um dos dez idiomas estrangeiros mais importantes para os próximos vinte anos no Reino Unido. Quem o diz é um estudo do instituto British Council divulgado esta quinta-feira pelo Instituto Camões da Cooperação e da Língua.
Com base em “fatores económicos, geopolíticos, culturais e educacionais”, o relatório 'Languages for the Future' (Línguas para o Futuro) analisa as prioridades linguísticas no Reino Unido. A seleção de idiomas é feita tendo em conta também as “necessidades das empresas daquele país no que respeita aos seus negócios com o exterior, as prioridades diplomáticas e de segurança e a relevância na Internet”.
Em comunicado citado pela Lusa, o Instituto Camões dá a conhecer que esta é a “primeira vez que a língua portuguesa integra esta espécie de pequena lista das línguas consideradas 'vitais', num horizonte temporal de 20 anos”. O estatuto é partilhado com outras nove línguas: o Espanhol, o Árabe, o Francês, o Mandarim, o Alemão, o Italiano, o Russo, o Turco e o Japonês.
Os autores do estudo destacaram a utilização do português como língua de trabalho na União Europeia e outros organismos internacionais, como, por exemplo, a Organização dos Estados Ibero-Americanos, a União Africana, a Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral e a União das Nações Sul-Americanas. Além disso, a língua portuguesa ganhou ainda mais peso por se apresentar como o quinto idioma mais utilizado na Internet.
“Estudos recentes têm vindo a indicar que a projeção da língua portuguesa se deve principalmente ao número de falantes de língua materna, ao número de países de língua oficial portuguesa, à presença e crescimento na Internet, à cultura, sobretudo ao nível da tradução de originais e, desde há alguns anos, à ciência, devido a um forte crescimento da produção de artigos em revistas científicas”, acrescentou o instituto português.
Notícia sugerida por Elsa Martins e Elsa Fonseca