Um professor universitário português foi convidado pela UNESCO para integrar o Conselho Internacional de Monumentos e Sítios (ICOMOS) como consultor e avaliar as candidaturas a Património da Humanidade.
Um professor universitário português foi convidado pela UNESCO para integrar o Conselho Internacional de Monumentos e Sítios (ICOMOS) como consultor e avaliar as candidaturas a Património da Humanidade. José Cordeiro, da Universidade do Minho, vai passar a integrar um grupo restrito e multidisciplinar de peritos que atuam diretamente nas propostas ligadas à arqueologia e património industrial.
Em comunicado enviado ao Boas Notícias, o docente de 59 anos diz-se surpreendido com o convite que “acaba por ser um reconhecimento do meu trabalho de há quase três décadas nesta área e na direção de entidades como o Comité Internacional para a Conservação do Património Industrial (TICCIH), um organismo consultor da UNESCO”.
O investigador sublinha que a UNESCO tem recebido cada vez mais candidaturas de todo o mundo no âmbito do património industrial, pelo que houve necessidade de reforçar as equipas de avaliadores.
Cada candidatura que chega é analisada por diversos peritos, que elaboram pareceres por forma a que a decisão final seja inequívoca. Atualmente, a estrutura do ICOMOS inclui arquitetos, historiadores, arqueólogos, historiadores de arte, geógrafos, antropólogos, engenheiros e urbanistas. A organização conta com sede em Paris e é a única ONG a trabalhar de forma integrada na conservação e proteção de locais de património cultural.
José Cordeiro é doutorado em História Contemporânea pela Universidade do Minho, na qual é professor do Departamento de História desde 1988 e investigador do CITCEM – Centro de Investigação Transdisciplinar Cultura, Espaço e Memória. Preside ainda à Associação Portuguesa para o Património Industrial, é diretor do Museu da Indústria Têxtil da Bacia do Ave, diretor da revista “Arqueologia Industrial” e representante português do TICCIH.
Faz também parte conselho editorial de quatro revistas internacionais, tendo publicado já dez livros e mais de 50 artigos científicos, sobretudo sobre arqueologia industrial e história económica e política.
Foi também diretor científico do Museu da Ciência e Indústria do Porto, coordenador nacional do projeto do Conselho da Europa “Itinerários Culturais Europeus: As Rotas do Têxtil” e colaborou no “Dicionário de História de Portugal”.