A Cátedra de Medicina da Dor da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), apoiada pela Fundação Grünenthal, vai organizar este ano a primeira Escola para Pessoas com Dor, uma iniciativa inédita no nosso país.
A Cátedra de Medicina da Dor da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), apoiada pela Fundação Grünenthal, vai organizar este ano a primeira Escola para Pessoas com Dor, uma iniciativa inédita no nosso país que pretende transmitir aos doentes conhecimentos sobre a dor e as formas de minorar o seu impacto.
Em comunicado enviado ao Boas Notícias, Carina Raposo, responsável pela escola, explica que “o programa educativo está organizado em seis sessões, nas quais médicos, enfermeiros e psicólogos irão abordar temas como a avaliação da dor, o seu significado físico e psicológico, técnicas e estratégias simples, do dia-a-dia, para ajudar a prevenir e combater a dor, incluindo algumas atividades físicas acessíveis a todos”.
Além disso, acrescenta Carina Raposo, nesta Escola “será também estimulada a partilha de experiências entre os participantes, num ambiente de grande interatividade”.
Inicialmente, como esclarece José Castro Lopes, professor responsável pela Cátedra, a iniciativa “destina-se apenas a doentes que frequentem as Unidades de Dor Crónica dos hospitais do Grande Porto”, mas o objetivo é alargá-la “a qualquer pessoa que sofra de dor”.
A participação nas aulas não comporta qualquer custo, estando, porém, limitada aos participantes inscritos. A primeira sessão decorre já no dia 14 de Setembro, pelas 15.00h, e as seguintes vão decorrer nos cinco sábados seguintes, entre as 15.00h e as 17.30h, na biblioteca do Departamento de Biologia Experimental da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto.
A Cátedra de Medicina da Dor resulta da uma parceria entre a FMUP e a Fundação Grünenthal, destinada a apoiar a investigação e a formação nesta área do conhecimento médico.
A dor crónica é reconhecida como um grave problema de saúde pública com impacto significativo na qualidade de vida das pessoas e enormes custos individuais e sociais.
Em Portugal, o impacto socioeconómico da dor crónica é estimado em 1,6 mil milhões de euros por ano, um montante que atinge os 3 mil milhões de euros quando somados os gastos com incapacidades temporárias, “baixas” e reformas antecipadas.