Saúde

Portugal tem melhor vacinação do mundo contra HPV

Portugal tem o melhor resultado do mundo em termos de vacinação contra o Vírus do Papiloma Humano (HPV ou VPH, na sigla em português), uma das causas do cancro do colo do útero.
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Portugal tem o melhor resultado do mundo em termos de vacinação contra o Vírus do Papiloma Humano (HPV ou VPH, na sigla em português), uma das causas do cancro do colo do útero.

A revelação foi feita esta quarta-feira pela sub-diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, a propósito do primeiro dia do novo esquema de vacinação contra o HPV, que passa, agora, a uma administração em duas doses, menos uma do que anteriormente.
 
Em declarações à Lusa, Graça Freitas elogiou o “papel extraordinário em defesa da sua saúde e da saúde pública” que as raparigas portuguesas desempenharam” com a vacinação contra este vírus.
 
A responsável explicou ainda que a alteração do esquema vacinal tem uma justificação simples. “Quando a vacina contra o cancro do colo do útero por HPV foi comercializada pensava-se que eram precisas três doses. Entretanto, as firmas produtoras fizeram estudos que evidenciam que apenas duas doses são necessárias”, esclareceu.
 
O Plano Nacional de Vacinação foi, então, alterado, com o alargamento do prazo em que as raparigas podem ser vacinadas – entre os 10 e os 13 anos – de modo a coincidir com a vacinação contra o tétano e a difteria e evitar uma deslocação adicional ao centro de vacinação. 
 
Futuramente, adiantou Graça Freitas, a vacinação contra o HPV poderá vir a ser alterada uma vez mais, já que “a indústria está a estudar a hipótese de pôr no mercado uma vacina que protege contra mais antigénios”. “Neste momento, a nossa prioridade não é vacinar rapazes, mas sim manter nas raparigas as mais elevadas taxas de cobertura do mundo”, frisou.
 
A sub-diretora-geral da saúde comentou ainda a recusa de algumas pessoas em vacinar-se por receio das reações, considera que esta recusa se deve ao que classifica como um “fenómeno muito simples”. 
 
“Há uma inversão da perceção do risco. As pessoas deixaram de ter medo da doença – porque estas já não existem, não se veem – para terem medo das reações que a vacina possa dar, ainda que localizadas ou menos localizadas”, notou. 

DGS está a estudar vacina contra o meningococo B
 

De acordo com Graça Freitas, a Direção-Geral da Saúde (DGS) está atualmente a estudar a vacina contra o meningococo B, disponível em Portugal mas, para já, sem qualquer comparticipação. “Estamos a estudar a vacina propriamente dita e a tentar perceber se a vacina que existe se adequa à nossa bactéria”, informou.
 
Em fase mais avançada está a análise à vacina Prevenar, que visa a prevenção da doença invasiva (bacteriémia, septicémia, pneumonia bacteriémica), em particular, e da meningite provocada pelo streptococus pneumoniae.
 
A DGS e o Infarmed elaboraram um conjunto de cenários possíveis – que podem passar pela comparticipação do Serviço Nacional de Saúde (SNS) ou a sua inclusão no Plano Nacional de Vacinações, entre outros – e aguardam agora decisão por parte da tutela.

Notícia sugerida por Vítor Fernandes

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