De acordo com o estudo intitulado Religião e Política, dirigido pelo professor e sociólogo das religiões Detlef Pollack, 89% dos portugueses acredita que “todos os grupos religiosos devem ter direitos iguais”.
Segundo aponta o ACIDI – Alto Comissariado para a imigração e diálogo intercultural, em comunicado, abaixo de Portugal situa-se França, com 86%, seguida da Holanda (82%), Dinamarca (72%).
Sobre se “a pluralidade religiosa produz conflito ou enriquecimento cultural?”, os portugueses voltam a revelar-se os mais tolerantes, atingindo os 80%, a par da Dinamarca e da Holanda.
Seguem-se 70% de alemães, avaliados em conjunto nesta questão e, por último, surgem os franceses (59%).
A escolha dos países que o estudo inclui deveu-se aos diversos patamares de diversidade religiosa, embora tenha focado o Islão devido aos acontecimentos mundiais da última década. Portugal foi objeto de estudo justamente por contraste, ou seja, pelo facto de a diversidade religiosa não ser tão pronunciada.
A Alemanha foi incluída no estudo devido ao seu elevado número de imigrantes muçulmanos, concentrados sobretudo nas regiões ocidentais, pelo que o país foi analisado em dois blocos geográficos. França, debate-se atualmente com a controvérsia da proibição do uso da burqa, além das tensões sociais e da consequente violência protagonizada pela Polícia e jovens muçulmanos.
A Dinamarca foi alvo de todas as atenções quando um jornal, em 2005, publicou cartoons do Profeta Maomé e a Holanda viu ser assassinado o realizador Theo van Gogh, autor de um filme que os muçulmanos acusaram de “ofender” e “distorcer” os preceitos islâmicos, conforme lembra o ACIDI.
Pode consultar algumas das conclusões deste estudo clicando aqui.