Portugal exporta anualmente mais de 450 milhões de euros em produtos e serviços de saúde, um número que pode aumentar dentro de cinco a dez anos, tendo em conta “o potencial de desenvolvimento” nacional, disse o presidente da Health Cluster Portugal (HCP), à agência Lusa.
“Há medicamentos feitos em Portugal que são exportados, tal como matérias-primas para a produção de fármacos e dispositivos médicos, há empresas que estão a informatizar farmácias e hospitais em outros países europeus e nos Estados Unidos, e cuidados de saúde que são proporcionados por portugueses”, revelou Luís Portela, em entrevista à agência Lusa.
Para este responsável, a crise tem sido o único obstáculo a um desenvolvimento ainda maior da área da saúde em Portugal. Ainda assim, considera que existe “uma realidade bonita” que é ignorada; o volume da faturação da HCP – um pólo de competitividade que visa promover e incentivar a cooperação entre as empresas, organizações, universidades e entidades públicas – corresponde a cerca de dois mil milhões de euros anuais.
Luís Portela refere ainda que uma das causas para a crise da indústria farmacêutica é a aplicação de “medidas restritivas”, como o corte nos preços ou a obrigatoriedade de prescrição de medicamentos mais baratos.
