Ciência

Portugal cria tecnologia para voar com pensamento

Investigadores portugueses estão envolvidos num projeto que poderá dar aos pilotos do futuro a capacidade de controlar os aviões apenas com o pensamento.
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Investigadores portugueses estão envolvidos num projeto que poderá dar aos pilotos do futuro a capacidade de controlar os aviões apenas com o pensamento. A tecnologia já foi testada com sucesso na Alemanha. 
 
Imagine um piloto com um capacete especial que, apenas com a ‘força’ do pensamento, consegue por um avião a levantar voo, cruzar os céus, e aterrar em segurança. Tudo isto sem nunca tocar nos comandos. 

Não se trata de ficção científica. A proeza já foi testada durante um ensaio no Instituto de Sistema de voos dinâmicos da Universidade técnica de Munique (TUM, sigla em alemão). O projeto, financiado pela União Europeia, está a ser concretizado em parceria com a empresa portuguesa TEKEVER e com investigadores da Fundação Champalimaud. 
 


O objetivo, explica em comunicado o engenheiro aeroespacial Tim Fricke, que lidera a equipa da TUM, é criar um sistema para  “tornar a competência de voar acessível a mais pessoas”. “Através do controlo mental, voar poderá ser mais simples e mais seguro”, acrescenta. 
 
Os cientistas já testaram a tecnologia com resultados surpreendentemente positivos. Sete indivíduos participaram nos testes em simuladores. Os participantes tinham diferentes níveis de experiência de voo, sendo que um deles na tinha qualquer experiência de voo. 

O rigor com que os participantes conseguiram controlar o aparelho, no simulador, seria suficiente para obterem a licença de voo. “Um dos indivíduos foi capaz de seguir oito dos 10 alvos com um desvio de apenas 10 graus”, relata Fricke. A maior parte dos participantes conseguiu, também, aterrar com pouca visibilidade.
 
Para que os humanos comuniquem com máquinas é necessário que as ondas cerebrais sejam interpretadas através de elétrodos, que neste caso estão colocados nos capacetes. O algoritmo desenvolvido por uma equipa da Universidade Técnica de Berlim permite que o programa comunique com os comandos do aparelho.

Apenas ordens cerebrais muito claras são reconhecidas pela interface pelo que os investigadores estão agora a tentar alterar as definições dos equipamentos de voo para que aceitem, sem equívoco, as orientações que chegam através dos elétrodos.

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