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"Porto é uma festa da nostalgia", diz El País

Uma cidade cheia de memórias do passado e onde se pode ver a livraria e a estação de comboios mais bonitas do mundo. O jornal de referência espanhol El País publicou, na semana passada, um extenso artigo sobre a cidade do Porto.
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Uma cidade cheia de memórias e onde se pode ver a livraria e a estação de comboios mais bonitas do mundo. O jornal de referência espanhol El País publicou, na semana passada, um extenso artigo sobre a cidade do Porto. 
 
A autora começa por visitar a Torre dos Clérigos, a mais alta de Portugal depois da Torre Vasco da Gama, em Lisboa, sublinhando a vista que oferece sobre a cidade. “Parece que todos os telhados do Porto disputam um lugar para se debruçarem sobre o rio Douro”, diz Ana Esteban.
 
Em baixo, vê-se a Praça da Cordoaria, com as suas lojas centenárias, como a Casa Oriental, onde as pessoas compram um pouco de tudo, desde chá a fruta.
 
O passeio da cronista do El País prossegue pelo Jardim das Oliveiras e pela rua das Carmelitas, com paragem obrigatória na Livraria Lello “que dizem ser uma das mais belas do mundo”. Aqui, entre a “luz dourada e as paredes ricamente” adornadas “os livros parecem joias”.
 
Ali perto, Ana Esteban aproveitou para visitar a Fundação Eugénio de Andrade que em tempos foi a casa do poeta. “O Porto é só a pequena praça onde há tantos anos aprendo metodicamente a ser árvore “, lê-se numa passagem do artigo que cita Eugénio de Andrade.

A Invicta está “livre da monotonia” das outras cidades

A jornalista espanhola percorre ainda a Rua do Carmo, através da praça Gomes Teixeira onde brilha a igreja de estilo barroco homónima, com “uma fachada em tons azuis e onde se pode subir a bordo de um dos antigos elétricos que ainda circulam na cidade”.


O roteiro do El País destaca também as praças da cidade – a praça da Cordoaria, da Batalha e a Praça da Liberdade – que “prolongam os seus braços” pela Avenida dos Aliados e a Rua de Santa Catarina.

A preservação das fachadas 'vintage' das lojas e dos bares, com os seus neóns dos anos 50, remetem a autora do artigo para memórias de infância que correm “o risco de se extinguirem”. “As ruas do Porto estão livres da impessoal monotonia que se sente nas nossas cidades, e são assim uma festa da nostalgia”.

Quanto à estação de São Bento e a sua estrutura de ferro é descrita, no artigo, como uma das mais belas do mundo, tal como a livraria já referida.

O passeio prossegue pelo bairro da Sé com a sua “amalgama de telhados velhos que descem até à Ribeira” e onde a jornalista ser “perdeu por ruazinhas que escondem tabernas de fado e vielas como nomes como Escadas das Verdades”.
 
A terminar, Ana Esteban quis provar os vinhos das caves de Vila Nova de Gaia, atravessando a ponte Dom Luís observando o reflexo da cidade nas aguas do Douro. “Já não sei se gosto mais do Porto visto de cima ou agora, com a promessa de um copo (das caves) visto aqui debaixo”, conclui o artigo.
 

Notícia sugerida por Maria da Luz

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