O Centro de Dança do Porto oferece uma boa oportunidade para os rapazes que gostam de dança. A escola criou uma bolsa de mensalidade zero para incentivar os rapazes a aprender ballet e já conta com 22 bailarinos.
O Centro de Dança do Porto oferece uma boa oportunidade para os rapazes que gostam de dança. A escola criou uma bolsa de mensalidade zero para incentivar os rapazes a aprender ballet e já conta com 22 bailarinos.
Há um ou dois alunos que vieram por vontade própria mas os restantes foram selecionados pelo projeto que foi lançado em conjunto com a Câmara do Porto.
Em declarações à agência Lusa, Teresa Vieira revela que “a bolsa é a mensalidade no total e não há nenhum rapaz que não tenha”. Apesar disso, o número de bailarinos é ainda muito pequeno em relação às 350 bailarinas da escola.
“Há oito anos que colaboramos com a Câmara no projeto Porto Criança. São oferecidas atividades nas escolas oficiais e uma delas é o ballet. Procuramos incentivar os meninos. Ainda há um estigma muito grande relativamente ao ballet para meninos”, sublinha a diretora da instituição.
Guilherme Catita, aluno há dois anos e meio, afirma que na escola só tem uma preocupação: “dançar, mais nada”. Já para Diogo, de 7 anos, revela que quer ser bailarino “mesmo a sério” porque gosta “muito de dançar”.
Os rapazes estão divididos em três turmas só de bailarinos: os mais pequenos têm entre seis e sete anos, os “médios”, entre nove e 12, os mais velhos entre 16 e 26.
Apesar de ser complicado cativar os rapazes para a dança, o preconceito tem vindo a dissipar-se.
“Fala-se por falar. Já não é aquele preconceito de que é só para as meninas. Ele está bem, na escola não sentiu diferença com os colegas, nunca disse que lhe disseram `então és bailarino?`. Pelo contrário, está a conversar com os amigos e a mostrar o que faz. Está feliz, está bem”, descreve Manuela Cardoso, mãe de Xavier Monteiro, de oito anos.
A mãe do pequeno bailarino acrescenta que “nunca teria dinheiro para pagar” e que o ballet mudou o seu filho, “está mais calmo, mesmo a conversar”.
Sem bolsa as mensalidades variam entre os 35 euros de uma aula por semana no nível mais básico e os 87,50 euros para os estudantes.
No ano letivo de 2012-2013 foram atribuídas 15 novas bolsas “e os meninos mantiveram-se” congratula-se a diretora.
Notícia sugerida por Patrícia Guedes e Maria Pandina