Ao fim de doze anos de silêncio, o pianoforte Clementi vai voltar a fazer ouvir-se já na próxima Temporada de Música do Palácio de Queluz.
Ao fim de doze anos de silêncio, o pianoforte Clementi vai voltar a fazer ouvir-se já na próxima Temporada de Música do Palácio de Queluz. Desregulado e com a caixa ligeiramente empenada, o mesmo foi agora restaurado por Geert Karman, especialista na recuperação deste tipo de instrumentos.
É já em Março, durante o ciclo de Carnaval da Temporada de Música de 2014, que o pianoforte Clementi vai voltar definitivamente aos palcos. Com todos os holofotes voltados para si, o instrumento promete ser a “estrela” dos seis concertos daquele evento, depois de um exigente período de recuperação, monitorização e estudo.
A interpretação ficará a cargo de grandes nomes nacionais e internacionais da música histórica, como, por exemplo, Ronald Brautigam, Alexander Lonquich, Thalia Ensemble, Pedro Burmester, Jos van Immerseel, a Orquestra Gulbenkian, entre outros.
Mais de uma década depois, o pianoforte Clementi foi, este ano, recuperado pelo restaurador Geert Karman, com vista ao regresso aos concertos de música setecentista.
Mesmo sem problemas sérios a nível mecânico, o instrumento encontrava-se desregulado e com a caixa ligeiramente empenada, pelo que, ao fim de vários anos sem qualquer tipo de manutenção, o mesmo precisava de um acerto dos abafadores e martelos.
Já o “delicado e moroso processo de afinação, executado ao longo de vários meses”, acabou por se revelar “um êxito”, com o pianoforte a reagir positivamente às intervenções que lhe foram sendo feitas.
Em comunicado, a empresa responsável pela gestão do Palácio Nacional de Queluz explica que foi possível subir a afinação até aos 430HZ sem comprometer a estabilidade do instrumento.
O feito vai permitir a apresentação do pianoforte em concertos, não só a solo, como também acompanhado por uma orquestra de câmara, em reportório de uma época perfeitamente adequada à época e aos ambientes daquele espaço.
A Temporada de Música para 2014, no Palácio Nacional de Queluz, vai ter Massimo Mazzeo, do Centro de Estudos Musicais Setecentistas de Portugal (DS-CESP), na direção artística, e vai contar com um total de onze concertos.
Os mesmos serão distribuídos ao longo dos dois ciclos da temporada: o ciclo de Carnaval e o ciclo de Outono. Entre as obras apresentadas, destaque para as de Beethove, Bach, Mozart e Mendelshonn.
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