Os riscos de extinção que afetam espécies como a do ruivaco devem-se, segundo a ministra, ao modelo de desenvolvimento nacional “desajustado”, que levou a que a espécie “ficasse em estado crítico”.
A reprodução em cativeiro deste peixe e a limpeza das margens do rio foram os primeiros passos do projeto que começou há dois anos e contou com a intervenção da associação ambientalista Quercus, de privados e do Centro de Biociências do Instituto de Psicologia Aplicada (ISPA).
Neste âmbito, as margens do rio foram limpas e consolidadas. As canas foram substituídas por árvores características destas zonas ribeirinhas, como é o caso dos choupos, para permitir a circulação e uma maior oxigenação da água, combatendo assim a elevada mortandade dos peixes, causada não só pela poluição como também pela falta de limpeza.
A Boga do Oeste esteve nos últimos dois anos a ser reproduzida na Estação Aquícola de Campelo (Figueiró dos Vinhos) do Centro de Biociências, tendo sido reproduzidos na ordem dos 200 a 600 dos 87 exemplares inicialmente recolhidos.
A Boga do Oeste, que habita há cinco milhões de anos o rio Alcabrichel – um dos três rios portugueses onde a espécie está confinada – começou a desaparecer devido a problemas de poluição das águas, causada pela descarga de águas residuais sem tratamento. Além disso, o escasso caudal de água nestes rios, durante o Verão, cria problemas de sobrevivência para os próprios peixes.
Após este primeiro repovoamento, o projeto vai continuar com ações regulares de monitorização das águas para aferir o grau de reprodução ou de mortandade dos peixes, em função das condições naturais existentes.
[Notícia atualizada às 13h12]