Ciência

Participar no parto favorece relação entre pai e bebé

A participação no parto através, por exemplo, do corte do cordão umbilical, pode favorecer o envolvimento emocional do pai com o bebé. A conclusão é de um estudo da Escola de Psicologia da Universidade do Minho.
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A participação no parto através, por exemplo, do corte do cordão umbilical, pode favorecer o envolvimento emocional do pai com o bebé. A conclusão é de um estudo da Escola de Psicologia da Universidade do Minho (UMinho), que contou com uma amostra de 105 pais portugueses e foi publicado no prestigiado “Journal of Advanced Nursing”.
 
De acordo com um comunicado da UMinho enviado ao Boas Notícias, a investigação em causa pretendeu estudar o envolvimento emocional do pai com o bebé, antes e depois do parto, bem como perceber o impacto da experiência de corte do cordão umbilical na relação de ambos.
 
Segundo os investigadores portugueses, os resultados mostraram que o envolvimento emocional tende a aumentar durante a gravidez e, sobretudo, na sequência imediata do parto, começando a diminuir logo no primeiro mês após o nascimento, mas que a participação no parto traz benefícios.
 
O estudo revelou que “os pais que participaram no parto e cortaram o cordão umbilical dos respetivos filhos exibiram uma melhoria significativa no envolvimento emocional entre o momento do nascimento e os primeiros 30 dia de vida”, explicam Sónia Brandão e Bárbara Figueiredo, investigadoras da Unidade de Investigação Amplicada em Psicoterapia e Psicopatologia da UMinho.
 
“Estas conclusões indicam que a presença do progenitor neste processo e nos cuidados iniciais pode beneficiar o seu envolvimento com o recém-nascido”, acrescentam as especialistas.

Participação no parto beneficia confiança
 

Para Bárbara Figueiredo, doutorada em Psicologia Clínica pela UMinho e professora naquela instituição há vários anos, a participação do pai no trabalho de parto e nos cuidados iniciais pode, portanto, “beneficiar a confiança e o desempenho do papel paterno e, por conseguinte, melhorar a sua relação com o bebé”.
 
No entanto, a investigadora, que salienta que este tema tem sido pouco estudado, alerta que a existência destes benefícios “não significa que esta prática deva ser imposta ou seja sempre favorável”. 
 
Bárbara Figuereido, que coordenou a investigação, já coordenou também outros projetos financiados pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia, pela Fundação Calouste Gulbenkian e pela Fundação Bial, sendo responsável pelo grupo Family: Studies and Intervention do Centro de Investigação em Psicologia e membro do Serviço de Psicologia da UMinho.
 
A docente conta com mais de duas centenas de publicações a nível nacional e internacional, dedicando-se, particularmente, à investigação e intervenção no domínio da gravidez e da parentalidade. 

Clique AQUI para aceder ao resumo do estudo (em inglês).

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