Angola e Brasil estão entre os 20 países que conseguirem reduzir para metade o número de pessoas a passar fome, a par com a Argélia, Bangladesh, Camboja, Chile e Indonésia, entre outros, cumprindo o Objetivo de Desenvolvimento do Milénio número 1 (ODM-1).
Houve ainda 18 países que receberam distinção porque, além de alcançarem o ODM-1, cumpriram também a meta mais exigente da Cimeira Mundial sobre a Alimentação (CMA), reduzindo para metade o número total de pessoas que, embora não passem fome, estão desnutridas.
São Tomé e Príncipe foi um dos países que conseguiu alcançar estas duas metas, tal como a Arménia, Azerbaijão, Cuba, Djibuti, Geórgia, Gana, Guiana, Kuwait, Quirguistão, Nicarágua, Peru, São Vicente e Granadinas, Samoa, Tailândia, Turcomenistão, Venezuela e Vietname.
Citado pela Lusa, o brasileiro José Graziano da Silva, diretor-geral da FAO, referiu que “estes países estão a abrir o caminho para um futuro melhor. São a prova de que com uma forte vontade política, coordenação e cooperação, é possível conseguir reduções rápidas e duradouras para a fome”.
O responsável da FAO apelou ainda a todos os países para manterem a dinâmica e, assim, alcançarem a erradicação da fome, de acordo com o Desafio Fome Zero, lançado em 2012, pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.
“Globalmente, a fome diminuiu na última década, mas 870 milhões de pessoas estão desnutridas e outros milhões de seres humanos sofrem com as consequências das deficiências de vitaminas e sais minerais, incluindo a falta de crescimento entre as crianças”, acrescentou.
Segundo um estudo da FAO “O estado da insegurança alimentar no mundo em 2012”, a grande maioria das vítimas de fome, 852 milhões, vivem em países em desenvolvimento – cerca de 15% da sua população – e 16 milhões de pessoas estão desnutridas nos países desenvolvidos.