Esta rara perturbação neurológica, que afeta a jovem de 18 anos Charlotte Durham, aumenta a pressão interna no cérebro, levando a dores de cabeça lancinantes e, nalguns casos, à cegueira.
O tratamento encontrado pelo pai, Andy Durham, na Internet obteve bons resultados num estudo realizado com 26 pacientes, na Grécia. Trata-se da administração de octreotide, uma substância normalmente utilizada para o tratamento de problemas de crescimento anormal e que se mostrou eficaz nestes casos de hipertensão intracraniana idiopática.
Apesar de o sistema de saúde público britânico não financiar, na maioria das vezes, a utilização da referida substância, a autoridade local de saúde concluiu que “este caso tem circunstâncias clínicas excecionais por conta da condição de Charlotte ser incomum, mesmo entre pacientes em condições similares, e ela não responder ao tratamento convencionalmente recomendado para esta doença”, explicou em comunicado.
De acordo com a BBC, Charlotte corria o risco de se submeter a uma cirurgia na qual o líquido cefalorraquidiano (LCR), que causa o aumento da pressão dentro do crânio, é drenado para outra cavidade corporal. No entanto, depois da administração da octreotide, a jovem parece estar a responder positivamente.
Segundo o neurologista Brendam Davies, da Clínica Regional de North Midlands, “o caso de Charlotte releva a necessidade de financiamento de mais pesquisas clínicas acerca de um tratamento efetivo para a hipertensão intracraniana idiopática”, uma doença que atinge, maioritariamente, mulheres jovens e com excesso de peso.