Um estudo recente desenvolvido por investigadores norte-americanos indicou que um componente da erva aromática poderá contribuir para o tratamento.
Não é novidade que os orégãos, utilizados frequentemente para o tempero de pizzas e massas, têm benefícios diversos para a saúde. Porém, um estudo recente desenvolvido por investigadores da Long Island University (LIU), nos EUA, revelou algo até agora desconhecido, indicando que um componente desta erva aromática tem potencial para tratar o cancro da próstata.
A substância em questão é o carvacrol e está atualmente a ser testada nas células cancerígenas por Supriya Bavadekar, professora de farmacologia, e pela sua equipa. De acordo com o portal Science Daily, os resultados têm demonstrado que aquele elemento conduz à apoptose – a morte programada das células cancerígenas, ou seja, o “suicídio celular”. Os cientistas estão agora a tentar compreender como se processa a atuação do carvacrol e de que forma leva à extinção das células doentes.
“Sabemos que os orégãos possuem propriedades antibacterianas e anti-inflamatórias, mas os seus efeitos nas células cancerígenas podem dar-lhe uma utilidade completamente nova”, afirmou Bavadekar. Embora a investigação se encontre numa fase preliminar, a especialista considera que os dados iniciais evidenciam um enorme potencial de uso desta erva aromática como agente anti-cancerígeno.
“Uma grande vantagem é que os orégãos são muito usados para temperar a comida e são reconhecidos como seguros nos EUA. Portanto, esperamos que esse facto possa diminuir o risco de efeitos tóxicos graves”, acrescentou Bavadekar.
A este propósito, a cientista sublinhou que, no passado, outros estudos demonstraram que comer pizza poderia reduzir o risco de cancro, efeito atribuído a uma substância encontrada no molho de tomate. No entanto, sabe-se agora, a utilização dos orégãos como tempero poderá ter tido, também, influência nestes resultados.
Bavadekar, que apresentou o estudo esta semana na Experimental Biology 2012, mostra-se, portanto, otimista em relação ao futuro. “Se o estudo continuar a produzir bons resultados, esta super especiaria pode representar uma terapia muito promissora para quem sofre de cancro na próstata”, concluiu a especialista.