Um orangotango bebé, apanhado por uma armadilha de um aldeão, sobreviveu depois de passar dez dias preso numa rede sem acesso a qualquer comida.
Um orangotango bebé sobreviveu depois de passar dez dias preso numa rede sem acesso a qualquer comida. Pelansi foi salvo por um grupo de proteção de animais enquanto lutava pela vida e está agora a recuperar.
O animal foi apanhado por uma armadilha instalada por um aldeão numa plantação de óleo de palma na região de Kalimantan ocidental, na Indonésia, com o objetivo de caçar porcos e veados selvagens e foi encontrado por voluntários do International Animal Rescue (IAR) Indonesia em estado muito crítico.
“Esperamos que o Pelansi consiga ultrapassar este momento difícil para podermos devolvê-lo à floresta o mais depressa possível”, explica Adi Irawan, do IAR, citada pelo jornal Jakarta Globe.
Uma vez que aquela área costumava ser de floresta, existem, segundo o grupo, centenas de primatas na zona envolvente da plantação. Portanto, Adi alerta para o facto de a construção deste tipo de armadilhas ser muito perigosa, já que podem acabar “por aprisionar orangotangos e até humanos”.
“É por este tipo de situações que pedimos aos responsáveis pelas plantações que se comprometam a ajudar os orangotangos e outros animais em perigo”, salienta Adi.
Um primeiro passo seria, no entender do voluntário, “seguir as regras internacionais que ajudariam a evitar, ou, pelo menos, a minimizar os conflitos entre humanos e orangotangos no interior e na área que envolve as plantações”.
A lei indonésia estabelece que qualquer um que seja descoberto a caçar ou prender orangotangos, uma espécie protegida, pode ser obrigado a cumprir um mínimo de cinco anos de prisão e uma multa que ultrapassa os 11.000 dólares (cerca de 8.300 euros).