Wael Ghonim, executivo do Google e ativista da revolução egípcia que derrubou o regime de Hosni Mubarak, fez saber através do Twitter que irá tirar uma licença sabática na empresa para criar a sua própria ONG, organização não governamental, no Egito.
“Decidi tirar um longo período sabático do Google e criar uma ONG centrada na tecnologia que ajude a combater a pobreza e fomente a educação no Egito”, escreveu Ghonim, 30 anos, na mensagem no Twitter.
Ghonim, chefe de marketing do Google para o Médio Oriente e norte de África, criou uma página na rede social Facebook que ajudou a desencadear uma revolta que culminou na queda do presidente Hosni Mubarak.
“Se não existissem as redes sociais nunca teria sido iniciada a revolução. Sem o Facebook, sem o Twitter, sem o Google, sem o Youtube, nada disto teria acontecido”, defendeu, citado pela AFP, numa entrevista.
A revista norte-americana TIME incluiu Ghonim, nascido no Egito, na sua lista das 100 pessoas mais influentes de 2011. No site da revista, o seu nome aparecia em primeiro lugar, apesar de a Time insistir que não há um ranking em ordem de importância.
De acordo com o perfil realizado pela TIME, Wael personaliza a juventude que constitui atualmente a sociedade egípcia, mas que permanecia apolítico devido à falta de esperança numa sociedade regida pelo medo e pela qual decidiu lutar.