Os portugueses que tenham até 32 anos, com habilitações nas áreas de jornalismo, relações públicas, administração empresarial, estatísticas e assuntos humanitários ou relacionados, têm assim a oportunidade de concorrer a emprego na organização internacional, adiantou Lynne Golderberg, do departamento de recursos humanos.
As candidaturas deverão ser feitas através do website careers.un.org, e os pré-selecionados serão submetidos a um exame no dia 7 de Dezembro, prova que avaliará conhecimentos gerais, pensamento analítico, capacidade de planeamento e cultura relativamente a assuntos internacionais.
Os cidadãos portugueses convocados para o exame poderão, porém, realizá-lo em qualquer cidade onde exista um centro de exames da ONU, não sendo obrigatória a presença em Lisboa.
A inclusão de Portugal na iniciativa não foi, no entanto, aleatória. De acordo com Goldberg, a organização tem, neste momento, nove portugueses em posições de nível profissional (P2), o género a concurso; dado que o país tem direito a ocupar entre 12 a 21 lugares devido à sua contribuição para o orçamento da ONU, população e PIB, pretende-se, agora, preencher essas mesmas vagas.
Ainda assim, só o mérito fará com que as vagas possam ser, efetivamente, ocupadas por candidatos lusos: além do limite de idade e da habilitação universitária obrigatória, a fluência nas línguas inglesa e/ou francesa é, de igual modo, fator eliminatório.
De forma a garantir o rigor da seleção, os examinadores não terão qualquer acesso ao nome dos examinandos – a identificação será feita com base num número.
Angola, Brasil, Guiné-Bissau e Moçambique juntam-se a Portugal no rol de países incluídos no atual concurso.