A criminalidade violenta e grave em Portugal desceu 7,8% no ano passado. A conclusão é do Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) de 2012, que foi apresentado esta terça-feira no final de uma reunião do Conselho Superior de Segurança Interna.
A criminalidade violenta e grave em Portugal desceu 7,8% no ano passado. A conclusão é do Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) de 2012, que foi apresentado esta terça-feira no final de uma reunião do Conselho Superior de Segurança Interna mas que só deverá ser disponibilizado na íntegra na próxima semana.
Segundo os dados do documento, a que a Lusa teve acesso, a maior descida na criminalidade grave e violenta aconteceu nas participações de associação criminosa (menos 31 casos, o equivalente a 58,5%), tendo-se registado 22 ocorrências, e no roubo a transportes de valores, que assinalou uma queda de 44,7% (menos 21 casos num total de 26).
O roubo a farmácias registou, igualmente, uma quebra significativa, com menos 25 casos em 2012 (isto é, menos 23,4%) do que no ano anterior.
Também ao nível dos raptos, sequestros e tomadas de reféns se registou uma queda percentual de 17,4% (26 casos, menos 21 do que em 2011).
Os crimes de roubo de viatura, roubo na vida pública e roubo por esticão sofreram descidas entre os 10,7% e os 13%.
Registou-se, ainda, segundo o relatório, uma diminuição do total de participações feitas às forças de segurança (PSP, GNR E PJ) na ordem dos 2,3%, tendo sido assinaladas 395.827 ocorrências em 2012, contra os 405.288 casos do ano anterior.
Lisboa, Porto e Setúbal representam 71% dos crimes violentos
De realçar que o arquipélago dos Açores, bem como os distritos de Santarém e Viseu, são as únicas regiões do país que contrariam a tendência, tendo testemunhado, em 2012, aumentos de 9,8%, 3,2% e 3% da criminalidade violenta, respetivamente.
O distrito da Guarda foi o que registou um maior aumento de criminalidade geral, na ordem dos 43,8%, seguido de Castelo Branco, com 32,4%. Foram também registados aumentos de criminalidade nos distritos de Leiria (12,8%), Coimbra (15,7%) e Portalegre (15,1%).
Uma subida que deve ser tida em conta na criminalidade violenta e grave ocorreu ao nível dos homicídios voluntários consumados: em 2012 registaram-se 149 casos, mais 32 do que no ano transato, sendo que, destes, 37 dizem respeito a homicídios conjugais (violência doméstica).
As regiões onde este tipo de criminalidade mais caiu foram o distrito de Bragança (menos 25 %) e o arquipélago da Madeira (menos 22,2%).
Em termos globais, os distritos de Lisboa, Porto e Setúbal representam, em conjunto, 71% dos crimes mais violentos e graves.