Uma empresa espanhola de biotecnologia acaba de registar a patente de um novo método para o diagnóstico do Alzheimer. A solução criada pela Neuron Bio, é descrita como "não invasiva" e "mais rápida e simples" do que as convencionais.
Uma empresa espanhola de biotecnologia acaba de registar a patente de um novo método para o diagnóstico do Alzheimer. A solução criada pela Neuron Bio, com sede em Granada, é descrita como “não invasiva” e “mais rápida e simples” do que as convencionais, exigindo apenas uma análise ao sangue.
De acordo com um comunicado divulgado, esta semana, pela companhia biotecnológica, para anunciar o registo da patente, este método inovador “baseia-se na identificação de uma série de biomarcadores” e permite diagnosticar “de maneira fiável os pacientes com Alzheimer”, possibilitando, além disso, “antecipar o progresso da doença antes que apareçam os sinais clínicos da demência”.
No entender dos cientistas responsáveis pelo desenvolvimento da técnica, esta constitui-se como “um importante avanço contra a doença”, já que pode aumentar a eficácia dos tratamentos atuais.
A ferramenta vai facilitar o diagnóstico clínico desta patologia neurodegenerativa “utilizando uma amostra de sangue em vez da habitual análise do líquido cefalorraquidiano, que obriga a submeter o paciente a uma punção lombar, procedimento incómodo, e a processos mais longos de avaliação”.
“Esta solução não só será útil para a prática clínica, como terá, também, um grande valor para as empresas farmacêuticas que têm medicamentos em fases clínicas para tratar a doença de Alzheimer, já que permitirá identificar os indivíduos ideais para participar nos ensaios, reduzindo custos e avaliando o seu efeito sobre a progressão da doença para aumentar a probabilidade de êxito”, afirma Javier S. Burgos, diretor-geral da Neuron Bio.
A mesma opinião é partilhada pelo presidente da empresa biotecnológica, Fernando Valdivieso, que acredita que o registo desta patente é “uma das maiores conquistas” da Neuron Bio face ao trabalho que os seus investigadores têm desenvolvido, nos últimos 10 anos, com vista à prevenção, diagnóstico e tratamento deste problema.
“[A ferramenta] vai permitir um claro avanço em relação aos métodos atuais e vem juntar-se ao conjunto de patentes de diagnóstico já criadas pela empresa que utilizam biomarcadores para a identificação de doenças neurodegenerativas”, destaca o responsável.
Notícia sugerida por Maria da Luz