Um novo fármaco considerado "poderoso" e que está a ser desenvolvido pela gigante farmacêutica Pfizer poderá vir a revolucionar a vida dos pacientes que sofrem com artrite reumatóide, atenuando a inflamação e as dores.
Um novo fármaco considerado “poderoso” e que está a ser desenvolvido pela gigante farmacêutica Pfizer poderá vir a revolucionar a vida dos pacientes que sofrem com artrite reumatóide, atenuando a inflamação e as dores.
De acordo com o jornal britânico Daily Express, que avança a notícia, os voluntários a quem foi administrado o medicamento, denominado tofacitinib, experienciaram uma diminuição considerável dos sintomas face aos doentes tratados com os melhores fármacos disponíveis atualmente para combater o problema.
Além disso, o tofacitinib, que atua sobre as células que regulam a inflamação, mostrou-se também mais eficaz no que toca a “atrasar” os danos causados pela doença às articulações, fazendo com que estas se degradem mais lentamente, e tem a vantagem de poder ser tomado por via oral, afastando a necessidade de injeções.
A artrite reumatóide, que pode surgir em qualquer fase da vida, inclusive na juventude, deve-se a um ataque do sistema imunitário às articulações. Normalmente afeta, sobretudo, as mãos e os pés, mas qualquer outra parte do corpo pode vir a sofrer com a inflamação e a dor.
Embora o medicamento ainda se encontre em fase de desenvolvimento está a ser acolhido com entusiasmo por quem acompanha o problema de perto. Para Judith Brodie, diretora da associação solidária britânica Arthritis Care, por exemplo, esta nova opção parece ser “muito promissora” já que “qualquer mudança que possa facilitar a vida de quem sofre com a doença é importantíssima”.
Ainda assim, os especialistas recomendam precaução. “Ainda há questões por responder acerca da eficácia e da segurança do fármaco”, alerta Alan Silman, médico e diretor do centro de investigação Arthritis Research UK, citado pelo Daily Express.
O tofacitinib pertence a um novo grupo de medicamentos – os “Janus kinases” – que podem ser utilizados para tratar adultos com artrite reumatóide moderada ou severa. O fármaco está a ser avaliado nos EUA, na Europa e no Japão e, se for aprovado pelas entidades reguladoras, será o primeiro desta nova geração de “inibidores” a ser disponibilizado no mercado.
Hoje em dia, o tratamento para a artrite reumatóide passa por analgésicos e anti-inflamatórios destinados a reduzir a dor e o inchaço que são complementados com outros fármacos que desaceleram a progressão da doença.