Alegrem-se os adeptos da sesta. De acordo com um novo estudo científico, 90 minutos de descanso depois do almoço permite ao cérebro aumentar a sua capacidade de memória e aprendizagem.
Alegrem-se os adeptos da sesta. De acordo com um novo estudo científico, 90 minutos de descanso depois do almoço permite ao cérebro aumentar a sua capacidade de memória e aprendizagem. Estudos anteriores já haviam comprovado que a típica sesta depois de almoço traz benefícios a nível da saúde e que ajuda a consolidar memórias. Mas este novo estudo sugere que ao dormir a sesta estamos a permitir ao cérebro restaurar capacidade de aprendizagem ao “re-armazenar” novas memórias. É como se durante o sono fosse acionado uma espécie de desfragmentador do disco rígido, se estivéssemos a falar de um computador.
A descoberta foi apresentada no passado domingo na conferência anual da American Association for the Advancement of Science em San Diego, nos EUA. “É preciso dormir antes de aprender, para preparar o cérebro, como uma esponja seca para absorver nova informação” explica o investigador responsável Matthew P. Walker, professor assistente de Psicologia e Neurociência na University of California, citado pelo jornal The New York Times.
O estudo reuniu 39 jovens adultos que foram divididos em dois grupos com uma sessão ao meio dia e depois às 18h. Ao meio-dia foi lhes pedido que memorizassem 100 combinações de nomes e figuras. O desempenho dos dois grupos foi idêntico. Às 18h reuniram-se de novo, depois do primeiro grupo ter dormido uma sesta de 90 minutos.
Voltaram a fazer exercícios semelhantes que estimulam o hipocampo, a região do cérebro responsável pelas memórias de curta duração Os resultados do grupo que dormiu a sesta foram 10 por cento melhores depois do sono reparador. Por outro lado, os que não dormiram a sesta baixaram de rendimento.
A equipa pretende agora averiguar se existe alguma relação entre a progressiva perda de memória ligada à idade e a diminuição média de horas de sono à medida que envelhecemos.