Uma empresa japonesa desenvolveu o protótipo de um dispositivo capaz de detetar doenças através da respiração. De acordo com a companhia, o aparelho poderá, no futuro, tornar a deteção de diversas patologias muito mais simples e rápida.
Uma empresa japonesa desenvolveu o protótipo de um dispositivo capaz de detetar doenças através da respiração. De acordo com a companhia, o aparelho poderá, no futuro, tornar a deteção de diversas patologias muito mais simples e rápida, facilitando o diagnóstico.
A notícia é avançada pelo jornal nipónico Nikkei, citado pela agência de notícias EFE, que conta que esta solução inovadora está a ser desenvolvida pela empresa produtora de cristais de quartzo NDK – Nihon Dempa Kogyo, com sede no Japão, em colaboração com a Universidade de Kitakyushu, no mesmo país.
O dispositivo, que já conseguiu identificar, com sucesso, a presença de cirrose hepática em vários pacientes através da respiração (detetando vestígios de gás de amónia no organismo, um indicador da patologia), funciona graças a um conjunto de osciladores de quartzo cujos elétrodos estão cobertos com membranas “especiais”.
Ao serem expostos ao ar expelido pelos indivíduos, os osciladores reagem e indicam se determinada substância está ou não presente no seu corpo. Segundo a NDK, o sistema é particularmente eficaz porque os cristais de quartzo têm “mais sensibilidade” na deteção de odores do que os semicondutores ou sistemas microeletromagnéticos utilizados noutros tipos de diagnóstico.
Neste momento, o protótipo necessita de um tempo de 20 minutos para recolher uma “amostra” da respiração dos pacientes com recurso a uma máscara e para, posteriormente, reduzir a humidade desta amostra e proceder à análise.
A empresa pretende, agora, estabelecer parcerias com fabricantes de equipamento médico para acelerar o processo e melhorar o sistema atual, em especial o funcionamento das membranas.
O objetivo, adianta a NDK, é “tornar possível para os pacientes respirar diretamente para os osciladores, permitindo um diagnóstico imediato”.
De acordo com a companhia, o aparelho deverá, também, ser uma alternativa mais barata às ferramentas usadas, hoje em dia, para diagnóstico, já que a tecnologia tem o quartzo, um material comum e fácil de encontrar, como principal matéria-prima.
Notícia sugerida por Patrícia Guedes