Além de poder ser usado para fazer diagnósticos médicos, este novo adesivo eletrónico – com uma espessura mais fina do que um fio de cabelo e que adere à pele como se fosse uma tatuagem – pode ser usado para acionar aparelhos eletrónicos. A inovação foi publicada na edição de agosto da revista Science.
Uma equipa internacional de engenheiros dos EUA, China e de Singapura liderada por John Rogers, professor de engenharia da Universidade de Illinois (EUA), desenvolveu um circuito eletrónico que pode ser colado à pele como uma tatuagem temporária.
O adesivo pode ser usado para monitorizar o funcionamento do cérebro, do coração e dos tecidos musculares, prometendo revolucionar a monitorização de pacientes.
Além disso, se for colocado na garganta, permite aos seus utilizadores – mesmo pessoas com problemas vocais como doentes que tiveram cancro na laringe – manipular equipamentos eletrónico acionados por voz, com um rigor de 90 por cento.
O dispositivo é colocado sobre uma camada de poliéster elástico transparente que imita a elasticidade da derme, aderindo à pele por atração de moléculas, sem que seja necessário usar gel ou qualquer outra substância para o manter colado.
O mecanismo no interior do adesivo — da espessura de um cabelo humano — tem componentes eletrónicos que incluem sensores, isolantes e transmissores que captam a informação do paciente.
Os investigadores testaram esta “pele eletrónica” no braço, no pescoço, na testa, na face e no queixo dos pacientes e demonstraram que o dispositivo funciona 24 horas ou mais e não irrita a pele.
Os resultados apontam que as “peles eletrónicas” podem substituir, no futuro, os exames hospitalares convencionais mais desconfortáveis. O dispositivo também poderá ser utilizado para avaliar o sentido do tato em utilizadores de próteses de pernas ou braços artificiais.
Clique AQUI para aceder ao resumo publicado na revista Science e clique no link acima para visionar um vídeo da AFP sobre o novo adesivo.
[Notícia sugerida por Patrícia Guedes]