No ser humano, os movimentos da mão e do braço são controlados plexo braquial, um conjunto de nervos alimentado por cinco “raízes” localizadas na coluna lombar. Quando alguma destas raízes é afetada, as funções e a sensibilidade da mão ficam comprometidas.
De acordo com Oskar Aszmann, um dos responsáveis pelo desenvolvimento da nova prótese, esta nova solução “envolve atividades neuromusculares complexas, que criam uma interface interativa entre humanos e máquinas”.
“Antes do tratamento, é preciso fazer uma exploração rigorosa do estado da função da mão ou do braço, bem como dos seus nervos”, para saber se se podem reaproveitar, explica o investigador em comunicado.
Reciclagem de músculos
“Se a resposta for positiva, é retirado um pedaço de músculo da região da coxa, que é transplantado no antebraço. O músculo vai atuar como um amplificador para os nervos restantes”, prossegue Oskar.
O investigador adianta que “a contração do músculo cria sinais elétricos, que se convertem em força. Estes sinais e esta força são usadas para controlar a mão”.
Antes da operação, o paciente tem fazer uma formação para aprender como manusear a sua prótese através da interface eletrónica. A nova prótese já foi testada, com sucesso, em três pacientes.
“Para os pacientes é um grande benefício usar as duas mãos de forma autónoma, permitindo-lhes ficar aptos para o trabalho e serem completamente independentes na sua vida diária”, reforça Oskar, acrescentando ainda que, com esta inovação, a 'dor fantasma' desparece com a colocação desta prótese biónica.
Esta inovação foi testada pela primeira vez em 2009, tendo sido desenvolvida até ao momento. Atualmente está a ser usada na Universidade Médica de Viena para substituir membros que foram amputados.