Em comunicado de imprensa, a Universidade Commonwealth da Virgínia (VCU, sigla em inglês), explica que a proteína GRP78 pode ser o alvo terapêutico para curar diversas doenças.
Os investigadores criaram um novo medicamento a partir da combinação de dois componentes – o OSU-03012 (AR-12) e o Phosphodiesterase (presente no Viagra e no medicamento Cialis) – que atinge a GRP78 e outras proteínas relacionadas.
Desta forma, os investigadores conseguiram impedir a replicação de uma enorme variedade de vírus e infeções. A equipa demonstrou ainda que o novo medicamento é capaz de eliminar células cancerígenas cerebrais.
“Conseguimos provar que ao atacar a GRP78 e outras proteínas, inibimos a reprodução de vírus e somos capazes de matar superbactérias resistentes a antibióticos”, resume o líder da investigação, Paul Dent, professor do Departamento de Bioquimestria e Biologia Molecular da VCU.
GRP78 pertence a uma família de proteínas conhecida como chaperona, uma substância que as doenças utilizam para criar resistência a fármacos, através da sua reprodução em massa.
“Esta descoberta abre novas portas para o tratamento de infeções virais, muitas delas que até agora se acreditava que eram incuráveis”, garante o mesmo investigador.
“Conseguimos provar que a chaperona é uma 'droga' que faz com que os vírus se reproduzam e se espalhem, criando resistência aos fármacos”, acrescenta Paul Dent no mesmo comunicado.
O estudo, realizado também por Laurence Booth e Jane Roberts, foi publicado em Dezembro na revista científica 'Journal of Cellular Physiology'.
Esta não é a primeira vez que se descobrem as vantagens de componentes do Viagra no combate a doenças. Em 2010, Paul Dent e Rakesh Kukreja descobriram os benefícios dos comprimidos usados para a disfunção erétil na cura do cancro da mama, e em 2013, Paul descobriu que o Viagra ajuda no combate ao cancro do cérebro.
Notícia sugerida por Maria da Luz