Liu Xiabo foi o escolhido para receber o Prémio Nobel da Paz deste ano, confirmando o seu favoritismo ao galardão. O ex-professor de literatura, que passou os últimos 20 anos a entrar e a sair da prisão por defender uma reforma democrática, é o primeiro cidadão da China a receber esta distinção.
O dissidente está neste momento a cumprir uma sentença de 11 anos de prisão, por “incitar a subversão ao poder do Estado”, após assinar um manifesto em 2008 que pedia uma reforma democrática na China.
Apesar de o Comité Nobel Norueguês ter anunciado que esta foi uma decisão tomada por unanimidade, a polémica já está instalada, graças a recentes afirmações do porta-voz do Ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, para quem esta escolha, a ser feita, “colocaria as cordas erradas nas relações entre a Noruega e a China”.
Ainda assim, o Comité Nobel foi assertivo quando à sua decisão: “Liu Xiaobo foi distinguido pela sua luta longa e não violenta pelos direitos fundamentais da China”.
A Amnistia Internacional e o bispo timorense D. Ximenes Belo também manifestaram a sua satisfação pela atribuição do prémio a Liu Xiaobo.