Cientistas britânicos e de mais oito países europeus apresentaram esta semana um robô que é capaz de "aprender" emoções ao interagir com seres humanos. O protótipo, baptizado de Nao, foi programado para se comportar como uma criança de 2 anos e poder
Cientistas britânicos e de mais oito países europeus apresentaram esta semana um robô que é capaz de “aprender” emoções ao interagir com seres humanos. O protótipo, baptizado de Nao, foi programado para se comportar como uma criança de 2 anos e poderá vir a fazer companhia a idosos e a crianças que estejam internadas nos hospitais, avança a BBC.Segundo a equipa de cientistas responsável pelo andróide, o que distingue Nao de outros robôs em desenvolvimento no mundo é a sua capacidade de aprender emoções, expressá-las e, interpretando sinais, perceber emoções nas pessoas.
O robô é capaz de expressar raiva, medo, tristeza, felicidade, excitação e orgulho e fica visivelmente perturbado se a pessoa responsável por ele deixa de confortá-lo quando ele enfrenta uma situação de stress.
O trabalho é liderado pela especialista em computação Lola Cañamero, da Universidade de Hertfordshire, em Inglaterra, em colaboração com universidades e empresas de robótica da União Europeia.
Com câmaras de vídeo incorporadas, a máquina deteta as expressões faciais. “Se quiser dizer transmitir a ideia de que o robot está a agir bem, basta aproximar-se mostrar-lhe o rosto e sorrir”, diz Cañamero.
Um dos objetivos do projeto é desenvolver o protótipo até um ponto em que ele possa ser usado para fazer companhia a idosos ou crianças que se encontrem internadas nos hospitais.
Um robô-criança
Nao, que mede apenas 58 centímetros de altura, foi programado para aprender a interagir e responder a humanos da mesma forma que uma criança. A máquina incorpora os mesmos códigos de comportamento e de expressão que os bebés aprendem nas suas interacções sociais e emocionais com outras pessoas.
Por exemplo, quando está triste, Nao baixa a cabeça e contrai os ombros. Quando está alegre, ergue os braços e levanta a cabeça para pedir um abraço.
O protótipo foi criado a partir da observação de como bebés chimpanzés e humanos e os adultos que cuidam deles formam laços afectivos.
Assim como os bebés dessas duas espécies, Nao também é capaz de desenvolver uma preferência por uma das pessoas que cuidam dele.
O robô foi programado para se adaptar às ações e estados de humor dos humanos que cuidam dele e liga-se mais ao indivíduo que interage com ele de maneira particularmente apropriada ao seu tipo de personalidade e necessidades de aprendizagem.
As pesquisas com o protótipo integram o projecto europeu Feelix Growing (anagrama baseado, entre outras, pelas palavras inglesas Feel, Interact e Express (“Sentir, Interagir, Expressar”, em tradução literal).
[Notícia sugerida por Raquel Baêta]