Os líderes dos 16 países da Commonwealth, onde a rainha Isabel II é formalmente a chefe de Estado, aprovaram as alterações na cimeira de Perth, na Austrália. O anúncio foi feito pelo primeiro-ministro britânico. “Vamos pôr fim à primazia masculina de maneira a que a ordem de sucessão seja determinada simplesmente pela ordem de nascimento”, declarou David Cameron.
As antigas leis ditavam que o herdeiro do trono teria de ser o primeiro filho varão do monarca, sendo que a única possibilidade de uma mulher se tornar rainha era os pais não terem filhos do sexo masculino, como aconteceu com a atual monarca.
De acordo com Cameron, “esta forma de pensar choca com os países modernos em que nos tornámos”, o que motivou a mudança histórica.
Na prática, caso o primeiro fruto do casamento do duque e da duquesa de Cambridge seja uma menina, será ela a herdeira natural do trono, tendo preferência sobre qualquer irmão mais novo que venha a ter.
Além de ter consagrado esta igualdade, o Reino Unido eliminou também a regra que estipulava que quem casasse com uma católica não poderia ser rei.