O espólio conta com mais de uma centena de peças, desde utensílios de cozinha, mobiliário, protótipos de edifícios públicos e privados, peças de produção industrial, amostras de tapeçaria, entre outras.
A obra de Daciano da Costa é “um legado importante” revelador de um “empenho constante em melhorar as condições de vida das pessoas”, conta um dos alunos e colaboradores no ateliê Daciano da Costa, o arquiteto João Paulo Martins que esteve presente na cerimónia de assinatura do protocolo.
O presidente da autarquia, António Costa, salientou ainda que muitas pessoas irão ficar surpreendidas pela positiva ao ver no MUDE peças com as quais convivem diariamente e pensam ser “de origem estrangeira” mas que são da autoria de “uma grande figura do design e da arquitetura” portuguesa.
De acordo com comunicado da Câmara de Lisboa, António Costa anunciou ainda que também o espolio de Antonio Garcia será objeto de um protocolo semelhante.
“O MUDE nasceu com a coleção Francisco Capelo mas não quer ser ´só´ a coleção Francisco Capelo. Tem essa ambição e hoje começou a ser mais do que isso, com a chegada do espólio de Daciano da Costa e posteriormente com a chegada também do espólio de António Garcia”, disse.
“O Daciano certamente ficará muito bem acompanhado pelos da sua geração e não só”, congratulou-se a também arquiteta Maria Teresa Monteiro da Costa, elemento da família de Daciano da Costa presente na cerimónia.
Daciano da Costa formou-se na Escola de Artes Decorativas de António Arroio e na Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa. Dirigiu a primeira licenciatura em Arquitectura de Design.
Criou espaços interiores para a Biblioteca Nacional, Coliseu dos Recreios, Paços do Concelho de Lisboa e mais recentemente, para o Centro Cultural de Belém e Casa da Música, numa vasta obra de arquitetura de interiores, design de mobiliário, industrial, cenografia e figurinos.