Segundo a revista, em 2008 registaram-se 342,9 mil mortes de mulheres em todo o mundo devido a complicações no parto, em comparação com 526,3 óbitos verificados há 30 anos.
Esses índices seguem a tendência de queda global observada no estudo da Universidade de Washington em Seattle, Estados Unidos, que analisou dados de 181 países.
Mais de metade destas mortes concentram-se em apenas seis países: Índia, Nigéria, Paquistão, Afeganistão, Etiópia e República Democrática do Congo.
O Afeganistão foi o que apresentou a taxa de mortalidade materna mais alta: 1.575 para cada 100 mil bebés nascidos vivos.
Já a China teve uma queda de 76% na sua taxa de mortalidade materna durante o período estudado, desempenhando uma das melhores performances do mundo.
Também o Brasil obteve bons resultados. A taxa de mortalidade das mães brasileiras caiu em média 63% entre 1980 e 2008, diz o estudo.
Poucos países, no entanto, apresentaram um aumento de óbitos. O caso mais surpreendente foi o dos Estados Unidos, onde o número de mortes subiu de 12 para 17 em cada 100 mil.
O vírus HIV, causador da SIDA, continua a ser um dos principias problemas. Sem este virus, os cientistas calculam que o número de falecimentos maternos em 2008 teria sido aproximadamente 18% mais baixo.
A melhoria da saúde materna é uma das Metas de Desenvolvimento do Milénio, estabelecidas pela ONU no ano 2000 e que têm como objetivo apresentar melhorias em várias áreas sociais e de saúde até 2015.
A mortalidade materna é definida pela morte de mulheres na gravidez, no parto ou nos primeiros 42 dias após o nascimento. Segundo os médicos, estas mortes poderiam ser prevenidas em 92% dos casos.