Uma escultura de homenagem ao Nobel português José Saramago é inaugurada, este sábado, em Pontedera, Itália. O monumento, representando a imagem de uma passarola, é de César Molina e será inaugurado no âmbito do Festival Sete Sóis e Sete Luas (FSSSL).
A passarola (na foto) – a primeira aeronave conhecida no mundo a efetuar um voo, no século XVIII – foi inventada por Bartolomeu de Gusmão, padre e cientista português, e tem um papel fundamental no romance “Memorial do Convento”, do Nobel José Saramago.
Segundo a Lusa, a escultura ficará instalada na praça em frente ao Centrum Sete Sóis Sete Luas, em Pontedera, na região de Pisa.
Marco Abbondanza, diretor do festival, declarou à Lusa que em 2012, na vigésima edição do FSSSL esta mesma praça passará a chamar-se “Piazza José Saramago”.
Um festival inspirado em Saramago
O Festival Sete Sóis e Sete Luas surgiu, segundo o site oficial, em 1993, “pela curiosidade e audácia de um grupo de estudantes do Liceu de Pontedera (Toscana, Itália) e o apoio de um escritor português”, José Saramago.
Este festival envolve uma rede cultural de 30 cidades de 10 países – Brasil, Cabo Verde, Croácia, França, Grécia, Israel, Itália, Marrocos, Portugal e Espanha e privilegia “experiências diretas de música, arte e sabores através da promoção dos produtos de excelência de cada país”.
José Saramago é presidente honorário do Festival Sete Sóis Sete Luas. A inauguração em sua homenagem constitui um dos pontos altos da XIX edição do certame que decorre em várias cidades europeias, africanas, brasileiras e israelitas.
Este festival inspira-se, segundo o site oficial, nos valores presentes na obra portuguesa “Memorial do Convento”, “cujas personagens são sonhadores de alma visionária, que vivem numa Europa medieval, oprimidos por uma intolerante e tenebrosa Inquisição”.
A passarola, representada agora numa escultura, é uma máquina voadora que na obra de Saramago foi construída pelos personagens Baltazar Sete Sóis, Blimunda Sete Luas e Bartolomeu de Gusmão. Este objeto tornou-se o símbolo do Festival “pelo seu poder evocativo e simbólico, representando a metáfora do sonho e da liberdade utópica”.
“Ao longo dos mais de 20 anos de relacionamento que manteve connosco, José Saramago deu-nos uma lição de vida e foi a primeira pessoa a aderir a este festival, um certame que pretende dar ênfase às manifestações artísticas e culturais mediterrânicas e dos países lusófonos”, afirmou Marco Abbondanza.
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[Notícia sugerida por Vítor Fernandes]