Para a preparação do dossiê de candidatura que está agora no início, foi preciso encontrar uma característica única que definisse a identidade da região e a distinguisse de outras.
“Eu diria que o montado é, em si próprio, a identidade mais expressiva do território do Alentejo. Porque o montado só existe no Alentejo, não existe em mais nenhuma parte do mundo”, explicou à agência Lusa o presidente da Turismo do Alentejo, Ceia da Silva.
“Temos produtos turísticos de grande relevância e de elevadíssima qualidade, mas o que é distintivo, o que nos leva a podermos consolidar uma oferta turística e a afirmar uma marca de grande prestígio internacional, é o montado”, sublinhou o mesmo responsável.
Será a partir do montado que será, então, construída a candidatura, não só valorizando esta expressão paisagística mas também a sua ligação à gastronomia, à maneira de ser alentejana, à hospitalidade e maneira de vestir, sem esquecer as tradições culturais típicas desta região.
Autarquias, serviços desconcentrados da administração pública, agentes ligados ao montado e à produção de cortiça, universidades e institutos politécnicos estão entre as entidades contactadas pela Turismo do Alentejo, para subscreverem o protocolo “Dinamização do Montado Alentejano como Bem Cultural Universal”.
De acordo com Ceia da Silva, a preparação deste tipo de processos “é morosa”, mas “dentro de dois ou três anos”, a candidatura estará em condições de ser apresentada formalmente.