“Este é o maior estudo alguma vez feito sobre nascimentos”, sublinhou, à agência Lusa, o presidente da Sociedade Portuguesa de Ginecologia e Obstetrícia, João Luís Silva Carvalho.
Uma equipa de investigadores norte-americanos analisou os processos de quase metade de todos os nascimentos ocorridos nos EUA em 2004 e os resultados vieram confirmar o que a maioria dos ginecologistas há muito defende: os partos realizados em hospitais e maternidades são mais seguros.
A investigação concluiu que “o risco de mortalidade infantil foi de três crianças por cada mil nascimentos realizados com ajuda de monitorização e de 3,8 por cada mil nascimentos sem monitorização”, lê-se no resumo do estudo publicado este ano no American Journal of Obstetrics and Gynecology.
Ou seja, em cada mil bebés em que se faz a monitorização cardíaca do feto evita-se uma morte.
Em Portugal, nos últimos anos, nascem cerca de mil bebés longe dos hospitais e maternidades. Um fenómeno que representa menos de um por cento do total de nascimentos anuais, mas que mesmo assim preocupa os especialistas.