Cerca de mil voluntários puseram, no domingo, mãos à obra para limpar Silves, deixando a cidade praticamente limpa, depois de na sexta-feira ter sido atingida por ventos fortes que deixaram um rasto de destruição, disse o presidente da câmara.
Rogério Pinto agradeceu a todas as pessoas que responderam aos apelos feitos pela autarquia e que foram ajudar os serviços municipais a limpar a cidade vindas de todas as freguesias do concelho, mas também de áreas fora do município.
“Isto é um sinal de que, quando chega a altura de arregaçar as mangas e de criarmos este espírito de solidariedade, as coisas acontecem. O tornado passou em pouco tempo e destruiu, mas neste momento temos um tornado de bondade”, afirmou o autarca, em declarações à Lusa.
Rogério Pinto disse não ter palavras para descrever o que sente pela colaboração de cerca de um milhar de pessoas e sublinhou que “quem viu o grau de destruição que a cidade tinha” depois de passar o fenómeno extremo de vento, “com objetos espalhados por tudo o que era sítio”, vai encontrar agora “a cidade completamente limpa, arrumada e com condições funcionais”.
“Se fosse só com o nosso pessoal tínhamos aqui trabalho para mais de dois meses. E o trabalho destas pessoas permitiu fazer isso numa manhã”, referiu.
O autarca disse ainda que as equipas que estavam a fazer a avaliação dos estragos interromperam hoje os trabalhos para ajudar na limpeza dos destroços, mas espera que, na segunda ou na terça-feira, possa ter pronto o relatório preliminar dos danos causados em edifícios públicos.
O vento forte que na sexta-feira se fez sentir em Lagoa e Silves provocou 13 feridos, três deles graves, e 12 desalojados. Cerca de uma centena de habitações, telhados, automóveis e autocaravanas foram danificados pela força do vento numa situação que o Instituto de Meteorologia classificou como “fenómeno extremo de vento”.