No estudo realizado, Ananda Maria Fernandes analisou as reações de 110 recém-nascidos sem doença grave, em duas unidades de cuidados intensivos neonatais portuguesas.
Os recém-nascidos, estratificados por idade gestacional (28 a 31 semanas e seis dias, e 32 a 36 semanas e seis dias), foram aleatoriamente alocados a dois grupos: um recebeu sacarose oral com chupeta; o outro recebeu sacarose oral com chupeta e canguru materno (contacto pele-a-pele), antes, durante e após a colheita de sangue por venopunção, explica a docente da Escola de Coimbra no resumo da tese.
Os resultados demonstraram que a combinação sacarose, chupeta e canguru materno reduziu a expressão facial de dor (olhos apertados e saliência interciliar) e o tempo de recuperação foi mais rápido quando comparada com a simples utilização de sacarose com chupeta.
Além disso, as mães entrevistadas pela docente referiram ter apreciado o contacto pele-a-pele durante o procedimento doloroso e notaram ter sentido o seu papel parental reforçado, por poderem participar no alívio da dor do seu bebé.
“Para as mães é uma experiência extremamente gratificante poderem segurar os bebés e protegê-los numa situação de dor”, sublinhou Ananda Fernandes à Agência Lusa.
Este é o primeiro estudo publicado a analisar a combinação com o “canguru materno”, que consiste em o bebé, apenas com a fralda, estar deitado de barriga sob o peito nu ou a barriga da mãe.
[Notícia alterada dia 27/01/2011 às 17h25]