Daisy Morris tem apenas nove anos de idade, mas vai ficar na história da paleontologia depois de ter encontrado o fóssil de uma espécie desconhecida de dinossauro. O animal foi agora 'batizado' com um nome em homenagem à menina.
Tem apenas nove anos de idade, mas vai ficar na história da paleontologia depois de ter encontrado o fóssil de uma espécie desconhecida de dinossauro. Daisy Morris, uma menina inglesa natural da Ilha de Wight, descobriu os restos do animal em 2009 e foi agora homenageada pelos cientistas, que, depois de concluírem que se trata, de facto, de uma nova espécie, decidiram batizá-la com o seu nome.
De acordo com a BBC, a pequena Daisy 'tropeçou' no fóssil do Vectidraco daisymorrisae, designação que agora lhe foi atribuída, há quatro anos atrás – ou seja, quando tinha apenas quatro anos de idade.
Em declarações à cadeia noticiosa britânica, a mãe de Daisy, Sian Morris, revelou que a criança tem “bom olho para pequenos fósseis” e, que quando encontrou os ossos negros, decidiu escavar um pouco mais na lama e na areia para perceber do que se tratava.
Embora a menina tenha começado a procurar fósseis muito cedo, a descoberta chamou-lhes a atenção de forma particular, pelo que a progenitora decidiu contactar o especialista em fósseis da Universidade de Southampton, Martin Simpson, com o objetivo de lhe dar conta do que Daisy encontrara.
“Assim que vi [o fóssil] soube que estava a olhar para algo muito especial. E estava certo”, contou à BBC o cientista, que acredita que, se a criança não o tivesse descoberto, este teria sido levado pela corrente marítima e destruído, eliminando as evidências naquele local da existência do animal pré-histórico.
Dinossauro era um pequeno réptil voador
Segundo um artigo científico publicado o mês passado, o Vectidraco (em português, “dragão da Ilha de Wight”) corresponde a um novo género de um pequeno pterossauro, um réptil voador do período do Baixo Cretáceo.
Na opinião de Simpson, o achado da menina inglesa é um bom exemplo de que “grandes descobertas podem ser feitas por amadores”.
De realçar que o anúncio da confirmação do Vectidraco daisymorrisae como uma nova espécie foi efetuado apenas uma semana depois de ter vindo a público a descoberta, também na Ilha de Wight, de um esqueleto praticamente completo de um dinossauro com cerca de três metros e meio de comprimento.
Recentemente, o Natural History Museum, museu de história natural de Londres, ao qual foi doado o fóssil encontrado por Daisy, nomeou, em consequência destas notícias, aquela ilha como “capital dos dinossauros da Grã-Bretanha”.
Clique AQUI para aceder ao artigo científico que reconhece o Vectidraco como uma nova espécie de dinossauro, publicado na revista PLOS One (em inglês).
[Notícia sugerida por Vítor Fernandes]