Engenheiros biomédicos da Universidade do Illinois e da Universidade de Washington, nos EUA, usaram as técnicas de impressão 3D para criar uma membrana protótipo que adaptaram ao coração de um coelho, conseguindo manter o órgão operacional fora do corpo numa solução rica em nutrientes e oxigénio.
Em comunicado, a Universidade de Washington revela que a membrana elástica foi feita com um material de silicone flexível e macio de maneira a adaptar-se à forma do coração.
Além disso, adianta a instituição, a equipa de investigadores comprovou, ainda, ser possível a impressão de pequenos sensores para a membrana que conseguem medir com precisão a temperatura, a tensão mecânica ou as pulsações.
Os sensores podem ajudar os médicos a determinar a saúde do coração ou prever um ataque cardíaco iminente antes que o paciente apresente quaisquer sinais físicos, acreditam os engenheirs.
“Obtivemos a imagem do coração do paciente através de uma ressonância magnética e a partir dela construímos um modelo 3D que se pode imprimir, moldando a forma da membrana que vai constituir a base do dispositivo implantado na superfície do coração”, explica Igor Efimov, cientista da Universidade de Washington.
Em última análise, a membrana pode ser utilizada no tratamento de doenças nos ventrículos do coração ou pode até ser inserida dentro daquele órgão para tratar inúmeras doenças cardíacas.
“Como é um dispositivo que pode ser implantado, permite aos médicos monitorizar as funções vitais em diferentes órgãos e intervir quando necessário para fornecer terapia. No caso de perturbações do ritmo cardíaco, pode ser utilizado para estimular o músculo cardíaco ou o cérebro, ou em doenças renais, onde consegue controlar as concentrações iónicas de cálcio, potássio e sódio”, acrescenta Efimov.
Os resultados da investigação foram publicados na edição online revista científica Nature Communications, dedicada à publicação de investigações nas áreas da biologia, física e química.
Clique AQUI para ler o estudo (em inglês).
Notícia sugerida por Maria Manuela Mendes, António Resende e Maria da Luz