Maria de Medeiros foi a convidada do espaço "Encuentros" do jornal espanhol El Mundo, esta terça-feira, e respondeu a várias perguntas dos leitores.
Maria de Medeiros foi a convidada do espaço “Encuentros” do jornal espanhol El Mundo, esta terça-feira, respondendo a várias perguntas de leitores do país vizinho agora que se prepara para lançar o seu terceiro disco, Pájaros Eternos.
A propósito da edição do novo trabalho, que deverá chegar em finais de Fevereiro e inclui, pela primeira vez, composições da sua própria autoria, a atriz, cantora e cineasta portuguesa satisfez a curiosidade de muitos espanhóis e até de emigrantes portugueses, que não lhe pouparam questões.
Maria de Medeiros levantou o véu sobre o novo álbum, deixando saber que o seu primeiro single será “Nace el día”, composto por Raimundo Amador, e que o CD terá músicas em castelhano, português, inglês e italiano.
A artista portuguesa explicou ainda a escolha do título Pájaros Eternos (Pássaros Eternos). “Escolhi-o porque me pareceu que não existia nada mais contraditório à ideia de eternidade do que um passarinho, pela sua vulnerabilidade e fragilidade”, disse Maria de Medeiros.
“Porém, acabei por me aperceber de que há pássaros eternos, como a Pomba da Paz ou as águias totalitárias. Um pássaro eterno também pode transmitir o idealismo, como o sonho de querer fazer música na época atual”, acrescentou.
Entre muitos elogios, Maria de Medeiros teve ainda tempo para falar de política e das relações entre Portugal e Espanha. A propósito do filme “Capitães de Abril”, a portuguesa admitiu que considera “muito injusto que sejam os trabalhadores a pagar pela irresponsabilidade das escolhas financeiras e da política”, pelo que “é muito importante que as pessoas se indignem por todo o mundo”.
Quando lhe perguntaram qual a explicação para o facto de os espanhóis saberem tão pouco sobre a cultura portuguesa embora todos sejam vizinhos ibéricos, Maria de Medeiros fez questão de realçar que esta é “uma discussão frequente” com os amigos espanhóis mas que acredita e sente que os artistas portugueses são sempre “extremamente bem recebidos em Espanha”.
Em jeito de conclusão, Maria de Medeiros falou também um pouco sobre os projetos atuais, em particular a longa-metragem documental sobre a Comissão de Amnistia e Reparação no Brasil, na qual está a trabalhar e que, segundo a própria, está a “apaixoná-la”.
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[Notícia sugerida por Anabela Figueiredo]