“Nos estudos comparativos que temos feito (da revista Proteste) os produtos de marca própria são muitas vezes a escolha acertada, pela sua qualidade e preço, e num cabaz alimentar permitem, de uma forma geral, poupanças de 30% aos consumidores”, afirmou o economista António Souto da Proteste.
Este mercado de marcas próprias representa atualmente 25% do mercado alimentar, segundo a Associação das Empresa de Distribuição (APED).
“Especialmente em momentos de crise económica, o consumidor está mais disponível para optar por uma solução que oferece um relação de qualidade/preço mais interessante”, explicou à Lusa o presidente da APED, Luís Reis.
Outra das razões do aumento do consumo de marcas próprias, em especial no mercado alimentar, é o facto de o distribuidor estar a introduzir cada vez mais produtos de marca própria.
As marcas brancas surgiram em Portugal no início da década de 90. No início eram associadas a uma menor qualidade que justificava o preço mais baixo, mas passados cerca de 20 anos ganharam a confiança dos consumidores.
“O consumidor já sente um certo à vontade em comprar marcas próprias, às quais está conferida uma certa qualidade. Qualidade ao ponto do estabelecimento ter colocado lá o seu nome como marca”, disse à Lusa o economista da DECO.
Iogurtes, leite cereais e bebidas são alguns dos vários produtos de marca própria que se encontram hoje em dia em qualquer grande superfície, a um preço mais barato do que os produtos semelhantes com marca do produtor.