Manoel de Oliveira comemora, esta terça-feira, 104 anos de vida. Com mais um aniversário assinalado, o realizador português torna-se, assim, o mais velho do mundo ainda em atividade.
Manoel de Oliveira comemora, esta terça-feira, 104 anos de vida. Com mais um aniversário assinalado, o realizador português torna-se, assim, o mais velho do mundo ainda em atividade. Este ano, o cineasta lançou “O Gebo e a Sombra”, realizou uma curta-metragem a convite de Guimarães 2012 – Capital Europeia da Cultura e já tem novos projetos na manga.
De acordo com informações avançadas à agência Lusa por fonte da família do realizador, que revelou que este aniversário deverá ser comemorado em casa, já que Manoel de Oliveira está ainda a recuperar de uma insuficiência cardíaca, que o manteve internado durante uma semana em Julho, já há, no entanto, mais ideias na calha.
“Tem sempre muitos projetos. Neste momento tem para dois filmes: um chama-se 'O Velho do Restelo' e o outro 'A Igreja do Diabo', a partir dos contos de Machado de Assis”, adiantou a mesma fonte.
Segundo o produtor Luís Urbano, estes dois projetos estão em fase de captação de financiamento. Ambos têm argumento de Manoel de Oliveira, sendo que “O Velho do Restelo” é inspirado em textos de Camões, Teixeira de Pascoaes e Cervantes.
Em 2012, e comprovando que a paixão pelo cinema deverá ser um dos grandes segredos da longevidade, Manoel de Oliveira lançou o filme “O Gebo e a Sombra” – exibido em antestreia em Veneza e na Assembleia da República – e a curta-metragem “O conquistador conquistado” rodada em maio em Guimarães a convite da Capital Europeia da Cultura 2012.
Também este ano o realizador foi agraciado, na Gala da Ciência, com o prémio “Open Mind”, da Associação de Laserterapia e Tecnologias Afins (ALTEC), que o distinguiu “pela abertura mental que sempre demonstrou e pelo seu interesse no progresso e na tecnologia”. Em Maio, o galardão foi-lhe entregue pela atriz Fernanda Matos, que encarnou “Teresinha” em “Aniki Bobó”.
Manoel de Oliveira nasceu no Porto em 1908. A sua carreira começou no cinema mudo e prolonga-se até hoje, estendendo-se por curtas, médias e longas-metragens e até por algumas participações como ator. Da sua obra fazem parte filmes icónicos como “Aniki Bobó”, de 1942, ou os mais recentes “Singularidades de Uma Rapariga Loura” e “O Estranho Caso de Angélica”.
[Notícia sugerida por Patrícia Guedes]