Batizado de Türanor – nome inspirado na obra de JRR Tolkien “O Senhor dos Anéis” e que quer dizer “poder do sol” – só estará pronto para a aventura depois de uma fase de testes.
“A missão dos dois tripulantes do Turanor vai ser perseguir o sol”, disse ao The Guardian Dany Faigaux, membro do Planet Solar, a equipa suíça por trás deste projeto ambicioso.
“Até agora a navegação marítima envolve trabalhar com três parâmetros de ondas, vento e maré. Mas acrescentamos-lhe duas novas dimensões – a luz do sol e a bateria de iões de lítio. É uma forma de gerir a energia totalmente nova”.
“Queremos ser o Phileas Fogg do século XXI” afirmou Dojman, um dos pioneiros desta aventura. “Mas por detrás do sonho Júlio Verne, o nosso projeto pretende servir o ambiente e promover a substituição dos combustiveis fosseis pela energia solar e motivar assim engenheiros e cientistas a desenvolver estas tecnologias”.
A comparação com Júlio Verne não foi feita ao acaso já que um dos patrocinadores do projeto é Jean Verne, um dos bisnetos do autor francês que escreveu o livro “Volta ao Mundo em 80 dias”.
“Temos de aprender uma nova técnica de navegação” disse Gerard ´Aboville, outro dos tripulantes que participará na volta ao mundo. Acrescenta ainda que esta viagem “é fortemente simbólica para o futuro da energia solar”, mas tem noção que não estará para breve a possibilidade de navios mercantes ou aviões possam ser alimentados a energia solar.
O barco está preparado para enfrentar tempestades e navegar durante a noite e prevêem uma navegação a um ritmo de 70 nós já que a autonomia do barco está dependente do sol. A rota será centrada na linha equatorial e irão contar com o aconselhamento de metereologistas franceses.