A empresa responsável pelo tratamento de lixo de 877.000 habitantes dos concelhos de Cascais, Mafra, Oeiras e Sintra inaugurou um novo sistema de gestão dos resíduos que vai transformar 200 mil toneladas de resíduos por ano em materiais reciclados, energia e composto para jardins.
A nova central de Digestão Anaeróbia – que já está em fase experimental – implicou um investimento de 100.000.000 de euros e vai gerar 100 novos postos de trabalho, segundo comunicado da Tratolixo.
Anualmente, a empresa prevê que os camiões municipais de recolha de lixo levem para a nova central 40 mil toneladas de Resíduos Urbanos Biodegradáveis (RUB) e 160 mil toneladas de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) indiferenciados.
Depois de várias etapas de triagem, manual e mecânica, os resíduos são levados para os três digestores da central. Aqui vai processar-se a digestão anaeróbica que permite a decomposição orgânica onde as bactérias anaeróbicas (que sobrevivem na ausência de oxigénio) conseguem decompor os resíduos orgânicos.
Destas torres digestoras sai substrato – que, depois de desidratado, segue para a compostagem – e biogás, captado no topo dos digestores. Este é enviado para a unidade de cogeração, a partir de onde se produz a energia eléctrica a introduzir na Rede Elétrica Nacional, explica a Tratolixo em comunicado.
Assim, parte do lixo vai produzir 18,3 gigawatts/ano de energia, o suficiente para abastecer 2465 famílias e 20.474 toneladas de composto, utilizado para adubar terrenos.
Em 2009, a Tratolixo produziu 14.365 toneladas de composto, a partir de resíduos provenientes dos concelhos de Cascais, Mafra, Oeiras e Sintra, o suficiente para adubar 1436 hectares.
A Tratolixo é o sistema multimunicipal de tratamento e valorização dos resíduos produzidos nos concelhos de Cascais, Mafra, Oeiras e Sintra e em 2010 recebeu 478 mil toneladas de resíduos. Até agora a Tratolixo enviava resíduos para a Valorsul, Amarsul e Valnor.
Clique AQUI para aceder ao comunicado da empresa.
[Notícia sugerida por Alessandra Dorante]