Mundo

Mãe e filha reencontram-se após 32 anos separadas

Uma mulher natural de El Salvador reencontrou a mãe e os irmãos após 32 anos, depois de lhes ter perdido o rasto quando era apenas uma criança na sequência de um massacre cometido pelo exército durante a guerra, em 1980.
Versão para impressão
Uma mulher natural de El Salvador reencontrou a mãe e os irmãos após 32 anos, depois de lhes ter perdido o rasto quando era apenas uma criança na sequência de um massacre cometido pelo exército durante a guerra, em 1980. O reencontro de Rosa Miriam Sibrían, hoje com 41 anos, com a família aconteceu esta quarta-feira e ficou marcado pela emoção.
 
De acordo com a AFP, que cita informações divulgadas pela Comisión Nacional de Búsqueda de Niños e Niñas Desaparecidos (CNB), organização de El Salvador responsável pela procura pelas crianças desaparecidas, os pais perderam Rosa Miriam quando esta tinha apenas nove anos, enquanto tentavam escapar, junto dos cinco filhos, para as Honduras, fugindo a uma perseguição dos soldados aos civis que culminou na morte de 300 pessoas. 
 
A tentativa foi bem-sucedida mas, poucos dias depois, quando regressavam a casa, o pai de Rosa Miriam foi assassinado por militares, obrigando a mãe a voltar a fugir com as crianças. Três delas – entre as quais Rosa – perderam-se e, depois do final da guerra, a progenitora encontrou os outros dois filhos com a ajuda de uma organização humanitária mas nunca voltou a ver a menina.
 
Entretanto, ainda em criança, foi adotada por outra família e só 32 anos depois, no passado mês de Agosto, pôde contactar a CNB e dar início à busca pelos seus pais biológicos, que acabou por dar frutos no início deste mês.
 
Na quarta-feira, Rosa Miriam voltou a reunir-se com a mãe e os irmãos numa casa em Santa Emilia, no seu país natal, onde chegou acompanhada do marido e dos seus dois filhos. “O vazio que existia em mim acaba de ser preenchido. Durante muitos anos esse vazio esteve sempre na minha cabeça e no meu coração”, desabafou ao reencontrar a família.
 
Em comunicado, a CNB adiantou que “considerando a forma como uma situação destas afeta psicologicamente os indivíduos, foi iniciado um processo de acompanhamento com a mãe, os irmãos e Rosa Miriam para ajudar a superar o trauma causado por um evento desta natureza”.
 
A guerra civil em El Salvador durou 12 anos – entre 1980 e 1992 – e deixou mais de 75.000 mortos, 7.000 desaparecidos e prejuízos incalculáveis para a economia nacional.

[Notícia sugerida por Elsa Martins]  

Comentários

comentários

PUB

Live Facebook

Correio do Leitor

Mais recentes

Passatempos

Subscreva a nossa Newsletter!

Receba notícias atualizadas no seu email!
* obrigatório

Pub

Este site utiliza cookies. Ao navegar no site estará a consentir a sua utilização. Saiba mais aqui.

The cookie settings on this website are set to "allow cookies" to give you the best browsing experience possible. If you continue to use this website without changing your cookie settings or you click "Accept" below then you are consenting to this.

Close