O Governo da Madeira vai atribuir um apoio financeiro excecional a cerca de 100 mil alunos que frequentam o Ensino Superior na região para impedir que os jovens abandonem o seu projeto de formação em consequência da crise.
O Governo da Madeira vai atribuir um apoio financeiro excecional a cerca de 100 mil alunos que frequentam o Ensino Superior na região para impedir que os jovens abandonem o seu projeto de formação em consequência do atual contexto de crise.
A medida foi apresentada esta segunda-feira em conferência de imprensa pelo secretário regional da educação madeirense, Jaime Freitas.
De acordo com o governante, os estudantes vão poder candidatar-se a um complemento de 42,4 euros mensais, que corresponde a 25% do total da bolsa de estudo (170 euros) atribuída aos alunos da Madeira que estudam em universidades fora do arquipélago.
“Este mecanismo vai ao encontro das necessidades das famílias e é colocado de forma operacionalizada no portal do Governo”, explicou Jaime Freitas, admitindo que a medida representa um “esforço orçamental” mas que se trata de um incentivo “justo e um investimento que, no futuro, de forma mais diluída, vai trazer retornos em termos sociais para a Madeira”.
Em declarações aos jornalistas, o governante, citado pela Lusa, acrescentou que o executivo regional decidiu “tomar medidas para abranger mais famílias que possam beneficiar dos apoios do Governo e alargar o âmbito dos estudantes que beneficiam destas bolsas aos que frequentam o ensino superior em estabelecimentos da Madeira”.
Segundo o responsável do Gabinete de Acesso ao Ensino Superior, João Costa e Silva, a partir desta segunda-feira, “estará no portal digital do Governo Regional uma aplicação” por meio da qual os alunos podem efetuar uma pré-inscrição que será depois analisada. Se preencherem as condições exigidas para o efeito, poderão fazer a respetiva candidatura.
Para satisfazer os requisitos, os alunos têm, cumulativamente, de comprar que frequentaram, na totalidade, o ensino secundário na região, que são bolseiros e que a capitação do agregado familiar não é superior a 350 euros.
“O processo é rápido e, dentro de pouco tempo, terão a bolsa a cair nas contas bancárias”, afirmou Costa e Silva, acrescentando que o apoio vai beneficiar os alunos que frequentam as três instituições de ensino superior da Madeira, nomeadamente a Universidade da Madeira, a Escola Superior de Enfermagem São José de Cluny e o ISAL (Instituto Superior de Administração e Línguas).
Transferências entre Madeira e continente em análise
O secretário da educação madeirense, Jaime Freitas, adiantou ainda que estão a ser alvo de análise outras soluções para evitar que os alunos que estudam fora da região abandonem os cursos, estando a decorrer conversações com vista a permitir que as transferências de estudantes matriculados no continente para a Universidade da Madeira.
Embora esta seja uma possibilidade já prevista, que, para Jaime Freitas, seria uma “forma de aliviar os encargos para as famílias”, é necessária uma “intervenção política que permita alargar as quotas da universidade” e que passará pela celebração de protocolos.