[Foto: Wikipedia]
A Câmara Municipal de Lisboa aprovou a criação de um memorial de homenagem permanente a todas as vítimas das guerras coloniais. A proposta foi aprovada por todos os partidos da autarquia, à excepção do CDS que se absteve.
A localização do memorial deverá ser na zona do Cais da Rocha do Conde de Óbidos/Alcântara, local simbólico de onde partiram as tropas portuguesas. O projeto deverá ficar a cargo de um artista nacional e a Associação dos Deficientes das Forças Armadas deverá ser consultada durante o processo.
A proposta foi apresentada pelo Partido Comunista Português e mereceu a aprovação dos restantes partidos à excepção da abstenção do CDS-PP. De acordo com a moção apresentada, as guerras coloniais “deixaram profundas marcas e traumas nos cidadãos que nelas cumpriram o serviço militar, ao ponto de lhes retirar qualidade de vida pessoal e profissional”.
Por essa razão cabe ao país “reconhecer o direito à reparação moral que assiste aos deficientes das Forças Armadas”, devendo a cidade de Lisboa colocar-se na “linha da frente desse tributo.”
Mais de 8000 militares perderam a vida
Segundo informação recolhida na “Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África 1961-1973”, durante os 13 anos de guerra colonial registou-se um total de 8.290 mortos entre as tropas portuguesas nas três frentes de combate: Angola 3.250, Moçambique 2.962 e Guiné 2.070.
Para homenagear todos aqueles que combateram nas Guerras do Ultramar foi erguido no Forte do Bom Sucesso, em Belém, Lisboa, o Monumento Nacional aos Combatentes do Ultramar, que teve a sua inauguração no dia 15 de Janeiro de 1994.
Em 5 de Fevereiro de 2000 o Monumento Nacional aos Combatentes do Ultramar foi completado com a instalação de lápides com nomes de combatentes que perderam a vida nas três frentes da Guerra Colonial.
Lx com memorial às vítimas das guerras coloniais
A Câmara Municipal de Lisboa aprovou a criação de um memorial de homenagem permanente a todas as vítimas das guerras coloniais. A proposta foi aprovada por todos os partidos da autarquia, à excepção do CDS que se absteve.