A equipa liderada por cientistas da Universidade do Porto estudou 699 pessoas de Cabo Verde para poder explicar a diversidade da cor da pele e dos olhos na população africana e europeia.
A investigação, que fez a capa da edição de Março da revista norte-americana Plos Genetics, revela que existem muitos mais genes associados a estas variações do que até então se julgava e que este efeito está dependente de relações biológicas e químicas.
“Os nossos resultados ajudam a explicar como os genes trabalham em conjunto para controlar o conjunto completo da diversidade de fenótipos de pigmentos, proporcionam uma nova visão sobre a evolução destas características e fornecem um modelo para a compreensão de outros tipos de variações quantitativas em populações miscigenadas”, explicam os investigadores.
Para além de conseguir justificar a variação de cores na pele e nos olhos dos indivíduos, o estudo tenta compreender qual a relação existentes entre a pigmentação destes dois órgãos.
A investigação foi liderada pelos cientistas do Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos e do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto.
O estudo contou com a colaboração de várias instituições internacionais, como a Universidade de Cabo Verde, Universidade de Stanford, Hudson Alpha Institute for Biotechnology (EUA), Gregor Mendel Institute (Áustria) e Universidade do Estado da Pensilvânia.