As Termas de Luso, assim como as restantes termas do país, têm sido forçadas a reinventar-se já que a crise económica e a perda do poder de compra afetaram fortemente o setor termal.
O cancelamento da comparticipação dos tratamentos termais pelo Serviço Nacional de Saúde, em 2011, afetou ainda mais a perda de poder de compra e de usufruto por parte da franja da população que mais recorre a este produto: população sénior e reformados.
Tendo em conta a necessidade de dinamização das Termas do Luso, a Câmara Municipal da Mealhada decidiu intervir. A autarquia “vai substituir o Serviço Nacional de Saúde (SNS) e comparticipar os programas termais de todos os utentes que tenham prescrição e necessitem de uma semana ou mais de tratamentos”, disse esta segunda-feira o presidente da Câmara Municipal da Mealhada, Rui Marqueiro, em conferência de imprensa.
“Os clientes das Termas de Luso são vitais para o desenvolvimento económico da vila. Eles são também os clientes dos hotéis, dos restaurantes, dos cafés, das lojas”, argumentou ainda o autarca, revelando que “a partir de hoje, existe esta comparticipação”.
Neste sentido, a Câmara Municipal irá comparticipar os tratamentos termais de todos os utentes que reúnam os seguintes requisitos: necessitem de tratamentos terapêuticos durante um período mínimo interrupto de uma semana e provem essa necessidade com prescrição médica.
A comparticipação rondará, em média, os 90 euros por pessoa, o que corresponde à consulta médica e à taxa de inscrição termal. Ficou ainda estipulado que o montante máximo a despender pela Câmara Municipal da Mealhada com esta medida será de 63 mil euros/ano.
A decisão foi tomada no dia 01 de Junho, na reunião do Executivo Municipal, onde a Câmara Municipal da Mealhada deliberou, por unanimidade, a aprovação das medidas de incentivo ao termalismo terapêutico e à revitalização da vila do Luso enquanto destino de referência no Termalismo e Turismo de Saúde e Bem-Estar.